Derrota para San Lorenzo, Arbitragem Problemática e Time Reserva para o Clássico e

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Olá amigos.

O Cruzeiro perdeu, na quarta-feira, para o San Lorenzo lá na Argentina. Não foi uma boa partida da nossa equipe, mas também não foi uma boa partida do San Lorenzo. Na verdade, não foi uma boa partida em sua totalidade. Foi um jogo bem ruim. Tão ruim que eu até deu uma cochilada.

Mas tudo bem, um a zero é reversível. Mas teremos que jogar muito mais futebol. Coisa que podemos fazer com tranquilidade. O Cruzeiro é muito mais time que o San Lorenzo, mas todo mundo sabe que nessas horas ser mais time, mais técnico, com melhor elenco, pouco importa. Nessas horas é onze contra onze, e quem errar menos, e consequentemente, acertar mais, vai passar.

Falando em acertar, parece que hoje em dia está muito difícil para os árbitros acertarem as marcações contra o Cruzeiro. Nas partidas contra São Paulo e Atlético Paranaense, foram erros absurdos que atrapalharam muito a equipe. E parece que esse mal dos árbitros brasileiros passou para o restante da América do Sul, e o árbitro de San Lorenzo e Cruzeiro tratou de errar tudo o que podia. Inclusive o lance do gol deles, que não foi falta.

Gilvan, em entrevista, disse que o árbitro errou no lance do gol, e mesmo com a derrota acredita que a equipe vai conquistar a classificação:

Achei que o Cruzeiro jogou o suficiente para não perder. E não teria perdido se o árbitro não tivesse errado naquele lance.  Nada está perdido, porque nosso time mostrou que tem condições de reverter o resultado e ganhar aqui. Estou muito confiante, tenho certeza que nós vamos reverter.

Estou com Gilvan. Não foi falta e o Cruzeiro vai se classificar. Mas tem que jogar muito mais futebol. E acho que isso vai acontecer. O Cruzeiro demora pra pegar no tranco, mas quando pega ninguém segura. Não será fácil, o time deles vai se fechar completamente aqui no Mineirão, vamos encontrar muitas dificuldades para marcar o primeiro gol, mas temos que confiar no Cruzeiro.

Esquecendo um pouco da Libertadores, no domingo vamos enfrentar o Atlético Mineiro pelo Campeonato Brasileiro. Vocês já perceberam que sempre tem um clássico no meio de um jogo importante pela Libertadores? É muita coincidência. E um grande problema, porque você nunca quer perder um clássico, sempre dá 110%.

Quando o jogador entra em campo num clássico ele esquece de todas as outras partidas, de todos os outros campeonatos, e se esforça ao máximo para vencer. O que é excelente. Mas às vésperas de um jogo tão importante pela Libertadores, não tem jeito de deixar a equipe titular se focar tanto num simples jogo do Campeonato Brasileiro. E é por isso que Marcelo Oliveira vai escalar o time reserva. Ele comenta:

Temos que descansar alguns jogadores no final de semana, o jogo foi muito corrido. A ideia é usar o time B, que vem jogando muito bem e no qual nós temos muita confiança.

O time b do Cruzeiro é ótimo. Tem muitos jogadores que podem ser titulares. Só não tem tanto entrosamento, o que acaba fazendo com que as partidas fiquem divertidas. ninguém espera que o time totalmente reserva ganhe facilmente dos adversários, e quando isso acontece – em duas partidas fora de casa pelo brasileiro – é com muita emoção e repleto de jogadas estranhas e erros.

E, sinceramente? Esse time do Atlético sem Ronaldinho, Jô, Marcos Rocha e Guilherme, não chega nem aos pés de nossos reservas. Nossa equipe para o clássico deve ser: Fábio, Mayke, Leo, Wallace, Egídio; Nilton, Souza e Tinga; Marlone, Luan e Borges. Eu, particularmente, trocaria o Luan pelo Alisson e manteria o restante. Mas é uma senhora equipe B, viu? Muita gente boa junto. E isso é muito importante para que possamos conquistar o Campeonato Brasileiro novamente.

Até amanhã.

Universidade do Chile x Cruzeiro – NERVOSO

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OLÁ AMIGOS!

HOJE O CRUZEIRO ENFRENTA A UNIVERSIDADE DO CHILE NO JOGO MAIS IMPORTANTE DO UNIVERSO, QUE PODE SELAR NOSSA RIDÍCULA DESCLASSIFICAÇÃO NA PRIMEIRA FASE OU PODE NOS COLOCAR DE VOLTA NA LIBERTADORES. DESCULPEM PELO CAPS LOCK MAS É QUE ESTOU NERVOSO. Pronto.

Se eu e você (provavelmente) estamos nervosos, imagina o time? Mas hoje – diferente das outras partidas – não é dia de ficar nervoso. É dia de acreditar no futebol que a equipe tem, e demonstrou durante todo o Brasileiro de 2013, e vencer. Simples, né? (risos).

Vai ser um jogo difícil, não se engane pelo placar da partida no Mineirão. O Cruzeiro vai ter que suar muito pra ganhar. Mas temos algumas armas que podem mudar a partida a nosso favor bem rapidamente. Por exemplo, a bola parada. O time chileno não é muito bom para lidar com cruzamentos. Eles tem mais estilo de bola no chão, jogadores pequenos e habilidosos. E é nessa hora que a gente deve soltar o Bruno Rodrigo neles. Ou o Dedé, ou qualquer um que consiga fazer um gol de cabeça. É uma arma interessante, pois abre qualquer defesa, qualquer retranca. Um gol de bola parada, e o jogo está em nossas mãos.

Parece que Marcelo Oliveira está pensando nisso, e na ótima entrevista com o Guerreiro dos Gramados, falou que a equipe está treinando muito essa arma.

No jogo contra o Botafogo em Belo Horizonte, que foi “””quase que””” uma final antecipada do Brasileiro 2013, nós abrimos o placar com um gol de bola parada. O de chaleira/voleio/loucura do Nilton. É tentar repetir isso.

O problema que estou vendo no Cruzeiro dentro da Libertadores, é que a equipe está muito pihada, querendo ganhar os jogos a todo custo, às vezes sem se preocupar com a defesa. Foi o caso da nossa derrota contra o Defensor no Uruguai. Fomos pra cima com tudo após o gol deles e fomos surpreendidos no contra-ataque. Às vezes, ir com VONTADE demais para frente, pode fazer com que a coisa estoure lá atrás. E atacar com 10 jogadores, sem organização nenhuma, mais atrapalha do que ajuda.

O Cruzeiro tem futebol para ganhar de todos os times dessa edição da Libertadores. Jogadores melhores, time encorpado, melhor elenco. É só jogar aquele futebol envolvente de 2013. O futebol que nos deu o título brasileiro. A Universidade do Chile não tem a melhor das defesas, então podemos chegar aos gols se jogarmos nosso futebol. Sem Dedé no ataque, sem brigas por causa de faltas, mas sim tocando a bola, abrindo espaços. Desse jeito, não tem quem nos vença.

Ficar de fora do mata-mata dessa Libertadores será vergonhoso. Além no nível da competição não ser dos melhores ultimamente (olhem para os últimos campeões), será algo inédito na nossa história. O Cruzeiro nunca ficou de fora das oitavas. E o pior, a gente é bom o suficiente para vencer todas as partidas que empatamos e/ou perdemos. Não é uma equipe fraca que chegou por acaso na competição. Não somos o Botafogo (risos). Somos os favoritos ao título – pelo menos éramos, antes das derrotas.

Mas se ficarmos de fora o mundo não vai acabar, temos vários títulos para conquistar ainda. Eu, particularmente, quero ver o Cruzeiro mais vezes Campeão Brasileiro. É o título que mais gosto e o que estamos mais longe dos maiores clubes do país em termos de conquistas. Mas vencer tudo, inclusive a Libertadores, está ótimo também viu Cruzeiro.

E por hoje é só. Até amanhã (talvez), e por favor que seja com uma vitória da nossa equipe.

Você pode, Cruzeiro!

Joãozinho na Libertadores de 76

Joãozinho na Libertadores de 76

Lembra daquele jogo? Daquele gol? Eu lembro. É aquele, que a lembrança não é apenas uma imagem, mas um sentimento.

Sabe aquele grito que eu dei durante o gol naquele jogo? É o que tenho vontade de gritar quando me lembro daquele segundo de lance. Não se diz respeito apenas a uma história de uma instituição que você aprende a respeitar, mas sobre a história daquele sentimento que ele um dia nos deu.

A paixão é inexplicável. É daquela que faz você acreditar até no último segundo, aquela que mesmo num dia nublado não tem vergonha de sair de azul e branco pra contrariar o céu e saber que sobre uma tempestade ainda há um firmamento azul, aquela paixão que transforma simples torcedores em guerreiros debaixo de sol, de chuva, pegando estrada e indo contra matemáticos.

Eu, com a camisa celeste, me sinto a pessoa mais poderosa e respeitada do mundo, pronta pra enfrentar muitas batalhas, que mesmo algumas perdidas, não esquece que tudo é sempre uma guerra. Ser cruzeirense vai além do céu, além do coração, não apenas de alma, vai de um algo inexplicável que nem a ciência humana consegue explicar. Não é a minha vida, essa depende de muitos fatores mundanos, mas vai além dela.

Falam que “é só um time”, “é só um clube”, “eles ganham pra isso e você torcendo/sofrendo ai a toa”, mas vai dizer isso pra um coração?! A razão até pode entender, mas o coração não entende porque não é questão de entender, mas de sentir.

Sei que há algo que me traz a certeza que nunca te abandonarei, por mais que apareçam pernas-de-pau, ladrões, placares desfavoráveis, uma parte de uma torcida imbecil que é capaz de brigar entre eles ou até desistir fácil demais. Eu nunca te abandonarei.

Amo-te muito Cruzeiro, agradeço por cada segundo de felicidade que me presenteou e sei que agora meu amor pode valer nada, mas tenho certeza que você pode, pois o Cruzeiro foi feito por momentos decisivos. Decisivos como o Dida em segundos, a batida da falta do Joãzinho quando o Nelinho se preparava, a orientação do Muller pro Geovanni bater na bola…

Oito milhões torcem pelo atual melhor ataque da história dos pontos corridos, lembram-se das goleadas em 30 minutos, das vitórias maiúsculas contra adversários diretos, dos prêmios individuais, do título incontestável… Mas são os donos da camisa com o Cruzeiro do Sul no peito dentro das quatro linhas que podem.

Não importa mais a corneta, o xingamento, o choro, a raiva, se você confia como torcedor ou não. Agora, mais uma vez, dependemos deles. Não quero que nós torcedores acreditemos, mas sim que os próprios jogadores acreditem neles mesmos. Nossa opinião de torcedor, desculpe pela verdade, já não vale mais nada. Mas se um dia esses homens foram os melhores de um dos campeonatos mais difíceis do Planeta, o que me faria pensar que não podem por mais dois jogos com esta camisa consagrada?

#VocêPodeCruzeiro

Luciana Bois

Voltando a escrever pra dar sorte, resultado ruim ontem e Henrique x Rodrigo Souza

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Olá amigos.

Estou voltando a escrever aqui somente para dar sorte ao Cruzeiro na Libertadores. Você tem que tentar, não é mesmo? Risos.

Mentira, estou escrevendo porque cheguei cedo no trabalho e tenho um tempinho livre. A vida não anda fácil. E você, como está? Tudo bem? Você tem tempo para fazer seus hobbies? Ah, que bom. Legal demais. Mentira, na verdade não sei o que você respondeu, mas devo ter acertado a resposta para algumas pessoas. Alguém deve ter tempo, não é mesmo?

Ontem o Defensor venceu a partida contra o Real Garcilaso (nada que não prevíamos) e tornou nossa vida mais difícil. Na verdade a gente mesmo tornou nossa vida difícil, então nem podemos reclamar. Fomos os únicos a perder para o Garcilaso. Mesmo com toda a altitude e os problemas, não poderíamos ter perdido aquela partida. Sempre digo que achei os dois gols evitáveis. Foram falhas feias de nosso sistema defensivo. E o empate com o Defensor aqui em casa também foi horrível e não deveria ter acontecido. Somente a derrota contra o Defensor fora de cara que, para mim, foi normal.

Mas fazer o quê, né? Não é hora de chorar pelos gols derramados. É hora de vencer os dois jogos, fazendo o maior saldo possível e esperar pelo resultado de Defensor e La U. Se a gente ganhar, e bem, os dois jogos restantes, provavelmente nos classificaremos.

E para o jogo de quinta-feira, o Cruzeiro não terá Nilton, que foi expulso na partida contra o Defensor e pegou absurdos três jogos de suspensão. A vaga vai ficar com Henrique, ótimo volante que ainda não mostrou todo o bom futebol de 2009 nessa segunda passagem pelo clube. Mas ele chegou lesionado, quase no meio do ano, não teve espaço, nem ritmo, e quase não jogou no ano passado. Entendo sua situação. Agora é sua chance, a chance de ir bem em nossa partida mais importante do primeiro semestre e conquistar a titularidade. Ele comenta a situação:

Eu costumo dizer que Deus escolhe a hora certa. Às vezes era para eu estar nesse momento de jogar. Independentemente do momento que esteja, o jogador gosta de sempre estar jogando. As oportunidades são dadas nos momentos bons ou ruins e o atleta tem que estar pronto e preparado. Chegou a vez de entrar nesse momento. Temos tudo para fazer o melhor e ajudar o Cruzeiro a reverter essa situação.

Olha, pode ser que Deus escolha as coisas certas para ele, mas para o Cruzeiro Deus foi bem mão de vaca e deixou nossa situação difícil, risos. Mas tudo bem, o Cruzeiro é mais forte quando se classifica por linhas tortas. Vamos nos lembrar de 1997.

Na questão do volante eu preferia entrar com Rodrigo Souza, que está com melhor ritmo de jogo e protege melhor a nossa zaga. Mas a gente precisa atacar, e o Henrique tem um bom passe e liga bem a defesa e o ataque, então pode ser que seja uma boa aposta. Só o tempo irá dizer (quem foi melhor, Taison ou Messi). Ele está bem consciente de que vai ter que marcar bastante:

Vou jogar o futebol que vinha jogando, marcar do jeito que marcava antes e atacar na hora certa, com equilíbrio. Tem que saber atacar com os jogadores que é para atacar e defender com os jogadores que é para defender, tendo equilíbrio sempre. Acho que se os jogadores fazendo sua parte, tudo vai correr tudo bem. Nunca colocar dúvida na cabeça e sempre ter a certeza que vai dar certo. Com todos indo por esse caminho, vai dar tudo certo.

Equilíbrio. O que nos faltou até agora na competição. Tomara que o equilíbrio de Henrique seja repassado para toda a equipe e que joguemos com tranquilidade, o futebol do Cruzeiro Campeão Brasileiro de 2013, tal qual um equilibrista de circo andando pela corda bamba que é esse grupo da Libertadores. Só que o grupo não é uma corda bamba comum, é uma corda bamba pegando fogo, com giletes, balançando loucamente e com aquele canhão da ponte do rio que cai do Faustão atirando bolas enquanto tentamos atravessar. Um pouco complicado.

Até amanhã (talvez).

Como encontrei Real Garcilaso antes do Cruzeiro

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Em 2011 resolvi colocar a mochila nas costas e conhecer um pouco da América Latina que sempre escutei falar, mas não fazia ideia de como era realmente. Fiz meu trajeto quase todo de ônibus (algumas vezes à pé, algumas caronas, alguns barcos) desde Belo Horizonte a Buenos Aires e de Buenos Aires a Lima.

Ao final da viagem, depois de fazer a Trilha Inca (que leva à Machu Picchu) retornei a Cusco e me deparei com uma cena inusitada enquanto estava sentado na Plaza de Armas: Um micro-ônibus seguia acompanhado por uma pequena multidão cantando e festejando. Sobre o veículo, jogadores de camisa azul com medalhas no pescoço seguravam um grande troféu. Fui informado: a equipe Real Garcilaso havia vencido a Copa Peru. Apenas 2 anos após ser fundada, a equipe já havia conseguido um título nacional importante e agora se tornava a equipe mais nova a participar de uma Libertadores por ter sido vice-campeã do Torneio Descentralizado 2012.

Por meia hora, a tranquila cidade de Cusco foi agitada por uma multidão feliz que cantava e vibrava com os jogadores a sua primeira grande conquista. Lembro-me bem que nunca vi policiais tão sorridentes como aqueles dessa praça.

Dois anos depois, em 2013, do lado atlântico da América, a equipe do Cruzeiro conquistava o campeonato brasileiro realizando numa campanha excepcional. Ao final do campeonato, eu e a Luciana vimos algo parecido em Belo Horizonte. Parecido? Não tanto. Uma imensa multidão azul tomou as ruas da capital mineira, transformou em caos o trânsito e viu passar os jogadores loucos e bêbados sobre os caminhões dos bombeiros. Por sermos campeões por antecipação pelos pontos à frente do segundo colocado, nossa festa não durou só uma volta na praça e sim virou dias.

Bom… Aqui estamos, dia 11 de fevereiro de 2014, um dia antes da estreia do Real Garcilaso na Libertadores, um dia antes da volta do Cruzeiro ao campeonato mais importante da América. Duas equipes celestes se enfrentando nas alturas peruanas. Não importa se temos mais história, mais elenco… todo jogo começa em 0x0.

 Em Buenos Aires às 21h no Canal Fox Sports.

Palpite: Cruzeiro 3 x Real Garcilaso 0

Vamooooooooo, Zerooooooooooooooooo!!!!!

Lucas Bois

O Lucas atualmente mora em Buenos Aires. É meu irmão, correspondente internacional e fotógrafo do Cerveja. Inclusive temos várias fotos dele nos álbuns do facebook do Cerveja de alguns jogos no Mineirão em 2013 😀