Não tenha medo de ir ao estádio sozinha!

Em meu tempo de abstinência forçada de estádio, me bate uma saudade enorme de ir ao Mineirão. Em Toronto fui acompanhar um jogo da MLS do Toronto FC x Chicago Fire, mas… Enfim.

Essa semana comprei uma sackpack aqui. Após 5 anos, fui obrigada a aposentar a minha porque apareceu dois buracos em cada lado hehe. Um começou a aparecer ano passado e eu relatei todo meu SOFRIMENTO por isso. Realmente amava minha sackpack cruzeirense que me acompanhou em todos os lugares em 99% dos jogos que fui, inclusive em viagens de bate-volta para jogos no Rio.

A questão que quero relatar aqui é o porquê ela me inspirou a escrever esse texto.

Pois bem. A minha bolsinha ❤ fazia parte do meu uniforme para o estádio pelo simples motivo que era prático. Diferentemente dos homens, nós mulheres não temos calças com bolsos suficientes que caiba o MUNDO lá dentro. Eu (digo: eu) não me sinto confortável em ir ao estádio com bolsa a tira colo pra levar meus pertences e essas que se coloca de lado são bem chatas pra poder torcer (PULAR) sem que a alça vá para o lado e caia.

E isso não é coisa fútil, eu realmente preciso levar:

  • Documentos
  • Chaves
  • Cartão do sócio
  • Óculos com caixinha*
  • Bandeira*

*Ok, isso é mais por necessidade particular hehe

Não sei bem como TODAS as mulheres preferem fazer, mas geralmente carregam esses outros tipos de bolsas que não são confortáveis ou pedem ajuda pra que alguém guarde para elas. Mas enfim… quero falar aqui sobre como ir também sozinha ao estádio. Não é cagar regra, isso é só uma ajudinha camarada.

Primeiro clássico desse ano. Estava sozinha e encontrei com meus amigos lá. =)

Eu vou muito sozinha ao estádio, então a opção de pedir ajuda pra alguém guardar esses itens pra mim não é uma alternativa muito plausível. Pelo contrário, eu guardo as coisas dos meus amigos na minha bolsinha quando eles vão comigo.

E ir sozinha pode ser uma experiência aterrorizante para algumas mulheres, mas não é. Minha dica é: se tiver a fim e condições para ir, vá. Não dependa de ninguém pra isso. Em minha experiência pessoal posso dizer que sofri assédio sim, mas nada que o fato de ignorar, acelerar o passo e sair de perto não deixasse o outro ser sem graça. E até muitas pessoas começam a conversar porque você está sozinha, mas nada que saia do futebol. Há muitas mulheres acompanhadas por homens por lá e são respeitadas. Por que com você seria diferente?

Outra dica que posso dizer é sobre lugar no estádio. Se você se acomoda em um lugar, tente ir pra lá sempre. Já descobri que as pessoas tem tendência de irem sempre pra mesma localidade no estádio. Depois de um tempo, mesmo não sabendo o nome (desculpa pessoal), você vai se familiarizar com muitas pessoas que estão sentadas perto de você.

Na hora do jogo eu já não posso falar de nada. Eu só presto atenção no jogo mesmo, assim como quase todas (?!) as pessoas, então não há problema nenhum. Quando acabar o jogo, vá embora em paz. Acelere o passo se quiser, converse com um tiozinho sobre o jogo se quiser durante a saída. Não sei se sou sortuda, mas nunca aconteceu nada comigo. Já fui sozinha de ônibus e de carro, inclusive conheço até os flanelinhas.

Sobre violência, Brasil e etc… pode acontecer em qualquer lugar! A bolsinha é até um jeito de evitar mão leve. Se estiver na rua, acelere o passo só pra não dar muito bobeira. Mas repito: até hoje nunca aconteceu nada comigo. Ir ao estádio é muito bom como remédio contra stress, tem um ótimo clima e se gosta de futebol e tem condições de ir, vá. Seja mulher, homem, sozinhos, acompanhados. Vá!

Eu sei que muitas mulheres também vão sozinhas. Tá aí a Dona Salomé que não me deixa mentir! Mas é que já ouvi muitas vezes aquela expressão “mas você foi sozinha? oO”. Sim, já fui muitas vezes e sinto saudades demais de ir.

Mesmo que o técnico do meu time seja o Mano Menezes…

Alguma outra dica?

Luciana Bois

CR#02 – Temos que acabar com os estaduais

Olá amigos, tudo em cima?

Ontem o Cruzeiro jogou (e venceu) pelo campeonato mineiro, e um blog que se preza ia fazer uma super análise, ver os pontos positivos, os negativos, julgar os novos jogadores, falar sobre os veteranos da equipe e tentar fazer algum SENSO da estréia do seu time no ano. E é lógico que aqui no cerveja a gente não vai fazer isso porque a gente não se preza. E porque, cara, é campeonato mineiro. Sério mesmo, pleno 2017 e campeonato mineiro. Eu não aguento mais Cruzeiro x Villa Nova (nada contra o Villa Nova, tenho até amigos que são). Mas vai me falar que você aguenta mais um desses jogos chatos onde o time pequeno defende até onde pode, o goleiro deles faz o jogo da vida, e de cada 10 jogos os coitados perdem 8, empatam 1 e ganham outro? Duvido muito. E por isso a gente precisa acabar com os estaduais.

“Ah não, lá vem outro cara chato querer acabar com estadual”, você deve estar pensando. E é isso mesmo, eu sou um cara chato e quero acabar com o estadual. MAS, eu tenho bons argumentos (acho) e soluções. Então vem comigo nessa viagem maluca.

O estadual é um problema, você precisa concordar comigo. Faz o ano dos clubes começar muito cedo (nessa temporada começou dia 29 de janeiro), se embola com Libertadores (para alguns times), Copa do Brasil (para alguns outros times) e campeonatos regionais (para alguns outros outros times). Com isso, o time precisa fazer uma pré-temporada curta e já poupar jogadores em PLENO início de ano. Aqui em Minas são poucas datas, o que melhora um pouco a situação, mas em São Paulo o estadual é quase que um brasileirinho, com um bilhão de times, um trilhão de rodadas e sempre o Santos campeão.

Imagina só se não houvesse estadual. O time poderia fazer uma pré-temporada maior, até o final de fevereiro, treinar mais o time, encorpar mais, fazer com que as novas contratações se entrosem mais facilmente com os jogadores veteranos. E como aqui no Brasil os times se reconstroem ano após ano, daria mais tempo para o coitado do técnico reconstruir a equipe e dar a ela um padrão de jogo.

Além disso, sem o estadual, o Brasileirão pode começar mais cedo, já em março, e ser o primeiro campeonato disputado pelas equipes no ano. Pensa na diferença de ver seu time estreando de uma vez contra o Corinthians, ou Flamengo, já valendo ponto para o principal campeonato do país. E como o Brasileirão começaria mais cedo, não teria tanto jogo quarta e domingo, daria para colocar quase todos no final de semana, e isso melhoraria muito a vida do torcedor, que não precisaria ir tanto ao estádio à noite no meio de semana. Isso talvez aumentaria o público nos estádios, porque a equipe jogaria menos vezes por mês em casa, e criaria no torcedor uma vontade maior de ver o time em campo. Além disso, quarta-feira, 22 horas, só teria jogo importante de Copa do Brasil e/ou Libertadores, dando mais qualidade ao péssimo horário criado pela televisão.

Isso melhoraria a vida do jogador também, que não precisa ficar jogando quarta e domingo, quarta e domingo. Eu sei que muitos acham que futebol é fácil, cansaço não existe, é muito bom ser pago pra jogar bola e eles não deviam reclamar, que você trabalha o dia inteiro e fica cansado de verdade, mas esses muitos são imbecis. Jogadores dão tudo o que podem em campo, correm iguais loucos, é fisiológico, o corpo deles não aguenta tanto jogo seguido. E com partidas mais espaçadas eles poderiam descansar mais e fazer jogos melhores, dando mais de si em cada um deles. Não precisariam se poupar tanto. A gente não quer assistir jogador se poupando em campo o tempo todo. Além disso, com partidas mais espaçadas, teríamos menos lesões, porque o jogador se desgastaria menos e teria mais tempo para recuperação. E mesmo se lesionando, o jogador ficaria menos jogos de fora, porque menos partidas seriam disputadas no intervalo da sua lesão. É bom pra todo mundo.

“Menos para os times pequenos”, você já pensou logo após essa minha afirmação, não é mesmo?

Porque todo mundo sabe que a principal defesa do estadual é a preservação do time pequeno. Tem também a tradição, mas tradições foram feitas para serem quebradas, não é mesmo?

Bom, voltando à preservação do time pequeno.

Argumentam bastante, em defesa do estadual, que acabando com ele nós acabaríamos com os times pequenos, que os coitados já não têm quase nada e dependem das partidas contra os grandes para ter algum tipo de renda, que se montam exclusivamente para o estadual, que têm a chance de revelar e vender alguém para os times grandes. Mas será que isso é verdade mesmo? Eu entendo que os estaduais são importantes para o que os times pequenos são hoje, mas será que esse jeito de hoje é o melhor para essas equipes? Eles se montam para o estadual, perdem o estadual, vendem alguns jogadores, mandam o restante embora e ficam fechados até o próximo estadual, onde começa tudo de novo. Que tipo de vida é essa? Como alguém aguentaria torcer para um time que fecha as portas todo ano, que só disputa um jogo legal contra um grande por ano, que demite todos seus jogadores todo ano? Sinceramente, isso pra mim não é jeito de se fazer futebol. É triste. Os clubes pequenos já estão acabados. O estadual não ajuda em nada.

E agora, depois de soltar essa bomba de tristeza em vocês, eu vou apresentar a solução perfeita para tudo.

E a solução é, tranjj djnvdjvnd vdjnvdjvndvjd kdvndk (isso é o barulho do tambor, eu não sou muito bom com onomatopeias) CAMPEONATO REGIONAL.

Sim, amigos, o nordeste já nos deu a solução para esse problema. A Copa do Nordeste, campeonato excelente, que vem ganhando admiradores ano após ano, revelando jogadores, sendo transmitida pelo Esporte Interativo, é o remédio perfeito para resolver todo esse problema do estadual. Mas precisaria ser um pouquinho diferente para a gente acabar com estadual e iniciar o brasileiro mais cedo. Vamos pegar Minas Gerais como exemplo porque, né, nós estamos aqui, nosso estado é grande, bonito e dá pra fazer um bom recorte.

O que deveríamos fazer é dividir Minas Gerais em quatro partes e criar quatro campeonatos regionais, só com os times pequenos mais próximos jogando uma fase de grupos parecida com a Libertadores (ou Champions League, para dar o efeito desejado quando eu disser o nome do projeto). Ida e volta, com os dois primeiros times de cada grupo se classificando para o mata-mata. Isso diminui o problema das equipes serem pobres e não conseguirem se locomover, porque serão jogos apenas dentro do estado, e contra times próximos. Além disso, a rivalidade entre essas equipes próximas poderia se acirrar mais ainda, criando partidas muito mais divertidas.

Após essa fase, os dois melhores times de cada grupo entrariam num sorteio para o mata-mata, estilo Champions League, e se enfrentariam em jogos eliminatórios de ida e volta. Seria uma mini Champions League só com times pequenos mineiros. Uma PÃO DE QUEIJO LEAGUE. Vem me falar que a ideia, e principalmente, esse nome não são demais?

E esse campeonato poderia ser espalhado por boa parte do ano, como a própria Champions League, com apenas uma rodada por semana e tempo para os times e jogadores descansarem até a fase de mata-mata. Isso traria competitividade a essas equipes, e daria motivos para as diretorias continuarem com os times ativos por toda a temporada. Além disso, mais jogadores poderiam se destacar e aparecer para os grandes, os clubes poderiam ir atrás de outros patrocínios, e poderiam vender os direitos dessa competição para vários canais de televisão (como o próprio Esporte Interativo). E esse modelo é aplicável em qualquer estado ou região. Dá pra fazer um campeonato do Norte, do Sul, do Rio, São Paulo, qualquer lugar. E uma outra ideia legal que pode surgir disso é criar uma pequena liga entre os campeões dessas ligas regionais. Uma INCEPTIONLEAGUE. Uma copa dos campeões regionais. Isso parece tão legal que eu até preferia que o Cruzeiro fosse um time pequeno para disputar.

Enfim, com criatividade a gente conseguiria preservar os times grandes, dar competitividade para o Brasileirão, e ainda criar todo um ECOSSISTEMA de competições menores para os times pequenos ficarem ativos e mais fortes durante toda a temporada. E isso me parece muito melhor do que deixar tudo como está.

Até amanhã.

CR#01 – A regra da suspensão por cartão amarelo no brasileirão

Olá amigos,

Bem-vindos ao primeiro texto da coluna cagando regra, onde eu quero mudar todas as regras do futebol brasileiro até que ele fique ótimo (apenas para mim). Acabei chamando apenas de CR no título pra ficar mais amistoso, bonito, tranquilo e também pela preguiça de ficar escrevendo cagando regra toda hora.

Bom, então vamos cagar a regra.

Eu acho que devíamos mudar a regra de suspensão no brasileirão. De três para cinco cartões amarelos. Explico.

No Brasil, nossos juízes dão muitas faltas. Não, pera. Eu vou fazer um super trabalho estatístico aqui pra ver se as coisas que eu vou afirmar batem primeiro. Vai que está tudo errado, não é mesmo?

Voltei. Ufa, foi complicado. Primeiro eu achei no site statbunker todos os cartões amarelos dos times na Bundesliga, na Premier League e na La Liga. E achei no site torcedores.com todos os cartões amarelos do brasileirão. Tudo em 2016. Depois fui ao whoscored.com e achei todas as faltas de todos os campeonatos em 2016. Fiz a conta para saber quantas faltas temos por jogo, quantos amarelos temos por jogos e quantas faltas fazemos até recebermos o primeiro amarelo. E foi surpreendente.

Vamos começar com a Inglaterra. Eu gosto bastante do futebol inglês. Não por ele ser o melhor, ter as melhores equipes, os melhores jogadores, blá blá blá… mas sim por ser o mais intenso e maluco dos campeonatos. Sempre ouvimos falar que uma das razões para essa intensidade toda é porque eles marcam menos faltas, que deixam o jogo correr, e isso é embasado pelos números. Eles tem o menor número de faltas entre todos os campeonatos analisados. São 8238 faltas em 380 jogos. 21,67 faltas por jogo. Um número bem baixo. Eles ganham até mesmo da Alemanha, que conta com dois times a menos no campeonato. Eles também têm o menor número de cartões amarelos entre as quatro ligas. São 1186. 3,12 cartões por partida. É um campeonato que não pune tanto o jogador.

E na Inglaterra o sistema de suspensão por cartão amarelo é a cada 5 recebidos. Mas tem um detalhe. Eles conectam esses cartões por todos os campeonatos disputados no país. Copa da liga inglesa, copa da inglaterra e campeonato inglês. Se você tomar um amarelo na copa da liga, um na copa da inglaterra e três no inglês, você cumpre suspensão na próxima partida. Não importa de que campeonato for. E como lá eles não dão tanta importância para as copas, os jogadores titulares só disputam as partidas finas, e se o time chegar até lá. A conclusão é que fica bastante difícil para um jogador ser suspenso em poucas partidas. E tem um detalhe. Se você for suspenso e depois levar mais cinco cartões amarelos, sua suspensão sobe para duas partidas, e quinze amarelos significam três jogos de suspensão.

A Alemanha, que também tem um perfil de jogo mais intenso e divertido de se assistir, é a segunda colocada em menos faltas cometidas. São 8923. 29,16 faltas por jogo. Mas uma coisa que precisamos ressaltar é que por lá temos apenas 18 times disputando o campeonato. São 74 jogos a menos na temporada. Um número considerável. Os juízes de lá assinalaram 1195 cartões amarelos, 3,9 por jogo. E o sistema é igual. São necessários cinco cartões amarelos para a suspensão de um jogador.

Já os números da Liga Espanhola me surpreenderam. Eles marcam muitas faltas. 10368. Mais de mil acima de Premier League e Bundesliga. São 27,28 por jogo. E isso é visível no futebol do país. É menos intenso, mais parado. Você não sente aquela maluquice do inglês e a pressão do alemão. E, na minha opinião, por ser mais tranquilo, a técnica dos jogadores prevalece.

Até aí tudo bem. O que me assustou de verdade é o número de amarelos assinalados. São pornográficos 2044 cartões amarelos. 5,37 por partida. Mais de OITOCENTOS acima de Premier League e Bundesliga. É de longe o número mais alto. E pra mim isso é outra coisa que contribui para um jogo menos intenso. São muitos jogadores amarelados a cada partida. Isso pode tirar o ímpeto de zagueiros e volantes defenderem com mais força e agressividade, pelo medo de expulsão, e protege bastante o jogador ofensivo. Se tudo é falta, e tudo é para cartão amarelo, o zagueiro não vai entrar tão forte nas divididas. E o atacante sempre vai levar vantagem. Mas vamos deixar bem claro, isso é apenas uma suposição. E mesmo assim, eles tem a regra de cinco amarelos para suspender jogadores. Mesmo dando amarelo em tudo quanto é espirro, os jogadores tem que espirrar bastante para serem suspensos.

Agora vamos para o Brasil. Nós temos o número mais alto de faltas marcadas, como eu imaginava. São 11832. 31,13 faltas por jogo. E olha que melhoramos. Se não me engano, nossos números em campeonatos passados era de 35 a 40 em média. Mas ainda são muitas faltas. Vamos pensar que a cada três minutos uma falta é marcada em uma de nossas partidas. A cada três minutos o jogo para e recomeça, para e recomeça. E se pensarmos nas GRANDES DORES que os jogadores sentem a cada uma dessas faltas, as reclamações e a demora para se cobrar cada uma delas, quase não sobra tempo pra jogar futebol. Estou exagerando, eu sei. Mas não deixa de ser problemático.

Agora vamos para o caso dos cartões amarelos. Nós não vencemos essa categoria pela maluquice espanhola de dar amarelo para tudo. Mas ficamos num honroso segundo lugar com 1693 amarelos. 500 a mais que Premier League e Bundesliga e 300 a menos que os espanhóis. 4,45 amarelos por jogo. A cada jogo, 4 jogadores saem com cartão.

Se você for comparar os números, até que não estamos tão ruins assim. O número de faltas é grande, o de amarelos também, mas ficamos bem perto da Bundesliga em faltas por jogo e amarelos por jogo. A Inglaterra é uma maluquice de nada é falta e nada é amarelo e a Espanha é uma maluquice de tudo é falta e tudo é amarelo. Estamos mais para o lado “normal” das coisas.

Só que nossa regra de suspensão estraga tudo. Aqui três cartões amarelos suspende o jogador. Então não importa se estamos melhores que a Espanha em cartões amarelos. Se suspendemos os jogadores tão facilmente, esse número menor de cartões mostrados não compensa no final das contas. E não podemos nem comparar com a Inglaterra. Eles já não marcam nada, não amarelam ninguém, e ainda suspendem com cinco amarelos. A diferença é absurda.

Isso, por si só, já seria motivo suficiente para mudar a regra. Mas tem um agravante. Nós não temos os grandes elencos das equipes dessas três outras ligas. Não temos o dinheiro, os grandes talentos, nem o número absurdo de jogadores bons para fazer o rodízio que eles empregam na europa. Aqui jogamos com os melhores jogadores na maioria dos jogos. E pior, disputamos mais partidas que os times europeus. Disputamos estaduais, libertadores, copa do brasil, sulamericana, brasileiro e, se bobear, alguma liga regional. Porque jogo pouco é bobagem.

Então temos menos jogadores bons para compor o elenco e, consequentemente, mudamos menos o time titular. Além disso, marcamos muitas faltas e distribuímos muitos amarelos. E pra completar, suspendemos a cada três cartões. É muito punitivo, atrapalha as equipes e, certamente, enfraquece o campeonato.

Precisamos mudar a regra para suspendermos somente a cada cinco cartões amarelos.

Nossa, que textão.

Até segunda.